terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Talvez amanhã...


Deixou de querer não pensar nele, deixou de não querer escrever sobre ele, deixou de querer fazer de conta que ele nunca existiu...
Sim, existiu e foi a definição de amor mais correcta que ela conheceu!
Tudo e nada, a qualquer momento, no maior despropósito a recorda da sua existência, lhe prova que de nada adianta pedir para o esquecer como resoluçao de Ano Novo, pois a cada novo refúgio a sua imagem parece na sua cabeça, sem qualquer controlo.
Mas ela tentava, constante e irracionalmente, todos os dias, ultrapassar a memória que a sua cabeça lhe impingia...
Apercebeu-se, um dia, que a Neve era das poucas referências que não partilhavam, que nunca usufruiram juntos...e até isso passou a ser uma recordação dos dois, exactamente por isso, por não ter sido algo deles!
Ela pergunta se haverá algo maior a tirar de todas estas recordações impulsivas que se apoderam dela, que roçam a linha da sanidade emocional...
"Karma's a bitch...Only if you are"!!!
-Talvez eu o mereça!, assumiu ela.
Talvez, digo eu... mas basta! A linha está ténue o suficiente para ser, definitivamente, suficiente...
Ela precisa de uma nova vida, de um novo futuro...
Deseja, incessantemente, que o presente acabe e se transforme somente em algo que nunca existiu, no amanhã, sempre num amanhã!