domingo, 28 de março de 2010

Puxei o gatilho...


Finalmente, algo deu alento à minha intenção.
Finalmente, algo determinou o meu mais intenso querer.
Podes morrer e que, de preferência, eu nem saiba!
Não! Melhor ainda, quero ser a primeira a saber.
Quero ser eu a determinar a hora da tua morte.
Quero estar do teu lado a ver-te esvaires-te em sangue;
Quero penetrar cada ferida sangrenta com os meus próprios dedos o mais profundo que me for permitido!
E rir-me na tua cara enquanto o faço!
Quero dizer-te tudo o que nunca te disse, enquanto lamino pedaços de pele do teu corpo.
Enquanto te vejo contorcer de dores e suplicar pela tua vida!
"Não grites, não implores. Nada do que digas ou faças vai ser capaz de me demover."
Neste momento és sangue, vómito e desmaio!
Cuspo-te na cara, com o nojo que sinto por nem morrer seres capaz de o fazer depressa!
Gemes tanto de sofrimento.
Eu desfruto apaixonadamente...Nunca ouvi algo tão aconchegante em toda a minha vida!!!
A tua respiração está cada vez mais fraca...
Agarro-te o pescoço só para que agonies mais um pouco!
Morre, filho da puta!
Já não me estás a dar prazer a desfalecer.
Morre de uma vez!
...
A tua respiração acabou, os teus olhos ficaram abertos, a olharem-me, sem vida...
Não havia nada que eu mais amasse ver naquele momento.
Um corpo desfigurado, abandonado num beco.
Ninguém vai chorar a tua morte porque não fazes falta a ninguém!
Já não existes...És nada!
E morreste e isso para mim é mais que suficiente!
Alguém que se encarregue de te enterrar que eu vou fumar um cigarro.

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